É extremamente comum o empregador induzir o empregado a pedir sua própria demissão, ou melhor “pedir a conta”.  Muitas vezes o patrão busca fazer com que o empregado peça a conta para não ter de pagar diversas verbas como o aviso prévio, décimo terceiro proporcional e principalmente a multa de 40% sobre o FGTS depositado.

Utilizar de artifícios como deixar o trabalhador ocioso, atribuir tarefas para as quais ele não tem capacitação técnica ou experiência, entre outras condutas é considerada uma espécie de assédio moral chamado de assédio moral estratégico.

Pode esse forma de assédio moral incluir fazer o funcionário se sentir diminuído ou humilhado na sua função ou deixado sem qualquer trabalho dentro da empresa com o intuito de força-lo a pedir a conta. Outra forma de assédio moral estratégico é estabelecer metas fora da realidade alcançável para o funcionário, para que ele se sinta incapaz de realizar o seu trabalho adequadamente. Por fim, colocar o funcionário a realizar uma função para a qual ele não está capacitado também pode ser considerado assédio moral estratégico.

A intenção do empregador com essa forma de assédio moral é fazer com que o empregado se sinta inferior, podendo causar abalos psicológicos como depressão e ansiedade, os quais comumente podem se tornar síndrome do pânico ou depressão profunda. Assim, uma vez que o empregado sente que a pressão chegou a um ponto insuportável, ele naturalmente deixará de comparecer ao local de trabalho (o qual pode resultar em abandono de emprego) ou pedir sua demissão.

O assédio moral estratégico vem se tornando cada vez mais comum em muitos locais de trabalho. Se você acredita que o que vem acontecendo com você caracteriza assédio moral estratégico, sentindo-se humilhado e diminuído pelo seu empregador, busque um advogado trabalhista para analisar sua situação.